segunda-feira, 27 de julho de 2015

A criação de um lançamento de sucesso não está apenas no projeto

10:14:00
Em meio ao pessimismo do mercado e o cenário controverso, vê-se que alguns empreendimentos ainda continuam em destaque no mercado imobiliário, seja nacional, ou local. Tal fato está atrelado a inúmeros fatores, os quais já apresentados anteriormente, como o cuidado no desenvolvimento dos projetos, a identificação de demanda e localização estratégica. Entretanto, os fatores que norteiam o desenvolvimento inicial do produto imobiliário não devem ser encarados como sendo as únicas ações para atingir o sucesso de qualquer empreendimento, mas sim, a mola mestra, o ponto de partida para o sucesso.


Passada a fase de identificação da conceituação, viabilidade e desenvolvimentos dos projetos, chega o momento mais esperado por todos os envolvidos no mercado imobiliário: a hora de lançar o produto e encarar a aceitação dos clientes. Nesta fase, o produto já foi todo concebido, já teve sua demanda identificada, já levantou seus custos e valores de venda, seus pontos fortes e oportunidades de melhoria, ou seja, já se tem todo o cenário idealizado do empreendimento. Mas qual seria o próximo passo? Apenas lançar o produto colocando no mercado? Quais as estratégias a serem planejadas para o lançamento? O que fazer? São questões importantes de marketing imobiliário e comercialização que se somam ao resultado final. É o momento de expor a vitrine no mercado. O fato é que tudo que foi planejado pode vir por água abaixo se este ciclo não for cuidadosamente pensado como os primeiros.

Cada produto deve ser elaborado de forma diferenciada, respondendo ao que foi idealizado, no entanto, alguns pontos devem ser encarados como característicos a qualquer lançamento:

Fundo vetore desenhado por D3images - Freepik.com
  • O produto não deve ser lançado sem as devidas aprovações e registro de incorporação junto ao cartório;

  • As representações tanto gráficas, como através de maquetes físicas devem sempre seguir o que realmente será entregue;

  • As campanhas publicitárias devem surgir das identificações e demandas do produto e seu público alvo;

  • As campanhas devem ser criativas e que desperte o interesse do público alvo, evitando campanhas massivas e generalistas;

  • Definir bem sua equipe de vendas e suporte a vendas;

  • Treinar sua equipe de vendas de maneira técnica e produtiva, já que o atendimento ao cliente é o ápice da apresentação do produto;

  • Definir de forma clara as condições de comercialização, possíveis promoções e descontos;

  • Destacar e lembrar que o produto deve ser apresentado com as empresas que se envolveram com todo o processo, dando maior confiabilidade e profissionalismo;

  • Preocupar-se com a venda e o pós-venda, atendendo todas as demandas do cliente;

  • Sempre destacar a obra e sua qualidade, já que a execução é a realização do sonho adquirido.

Ainda seria possível elencar outros pontos, e até mesmo destacar fatores que fazem parte dessa fase de lançamento do produto. Entretanto, estes relacionados acima já representam de forma clara que para alcançar o sucesso dos projetos, não seria suficiente apenas as preocupações iniciais.

Enfim, sugiro que releia as atividades acima descritas para que haja um processo de memorização e relacionamento com os lançamentos já realizados no mercado sergipano. Seria possível identificar algumas falhas e acertos de nossos produtos. Se for comprar, se atente aos cuidados tomados com o imóvel. E se já comprou, reflita se você comprou o empreendimento ou seu processo de criação.

Autor:  Expedito Júnior
            Arquiteto e Urbanista
            Especialista em Gestão Urbana e Ambiental
            CAU - RN: A39243-0        
           

Matéria publicada originalmente no jornal Cinform no dia 27.07.2015, também disponível no site da IMMOBILE Arquitetura

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Onde encontra a validação

08:00:00
Diariamente tudo e todos são avaliados e julgados de diversas maneiras e formas, o que não seria diferente no mercado imobiliário e seus empreendimentos. Tal afirmativa vêm com mais força no momento em que o pais se encontra, onde “nada está bom”, “não se vende nada” e o pessimismo impera. Alguns anos atrás tinha-se credito farto para construtores e compradores, e assim, as avaliações e julgamentos não entravam em pauta a ponto de definir a compra de um imóvel. Por um tempo razoável o cliente só se preocupava com a liberação do financiamento, e já os construtores, só se preocupavam em lançar o produto que seria vendido, independentemente de sua qualidade. 


A dinâmica do mundo e outra, é o momento de adotar estratégias e pontos de avaliação diferentes, compreender melhor os clientes, para assim torna-se capazes de aprimorar os produtos. Esta busca em compreender o cliente melhor não está atrelada em mais quantidade de trabalho e sim em trabalhar com mais inteligência, afinal, identificar as necessidades reais dos clientes permite que os esforços sejam recompensados. Parte da identificação e melhor compreensão dos clientes passa na avaliação do passado, no aprimoramento das métricas de avaliação dos produtos já lançados, dos erros e acertos, dos sucessos de vendas e da lentidão das vendas. Expondo esse pensamento é possível afirmar que persistir em um produto que foi sucesso no passado, pode ser um erro diante do novo mercado, pois, o cliente juntamente com o produto pode e deve ter aprimorado as expectativas e resultado.

Hoje, a facilidade de acesso as informações aproxima cada vez mais empresas e clientes, como também os afasta, afinal, nunca foi tão fácil recriminar ou criticar de maneira abusiva o erro de uma empresa ou prestador de serviço. As redes sociais tornaram-se a fonte da avaliação para todos, basta postar uma foto ou uma informação, e pronto! Já está sendo avaliado, criticado, elogiado e julgado. Há uma máxima em que um cliente satisfeito atingi até três pessoas, já um cliente insatisfeito atingi dez ou mais pessoas, e olhe que está máxima é antiga, da época que não havia o facebook.

Tem-se de forma costumeiras inúmeras críticas a empreendedores que desenvolvem projetos com muitas unidades, as vezes pequenos, com estética não tão apurada ou impondo arquitetura de outras localidades. Se fazem dessa forma, é porque a legislação permite, e principalmente, conseguiram identificar sua demanda, tendo aceitação de seus produtos. Avaliar não é apenas dar sua opinião, é ter ou criar opinião a partir de várias informações acerca do assunto. Antes de valida-la, seria justo entender tudo envolvido na criação do empreendimento, na estratégia da empresa, no mercado alvo, dentre outros. O que não dá mais, é persistir com erros ou não aprender com as validações de seus produtos, positivos (de sucesso) ou não.


No Brasil é comum o erro ser encarado como fracasso, no entanto, quase sempre esse fracasso traz aprendizado e melhorias para ações futuras. Quem não sabe de alguma empresa que teve problemas no passado e conseguiu dar volta por cima, que não vendeu determinado produto e depois seu próximo lançamento foi um sucesso. Não se deve entrar no mérito da honestidade ou confiança, e sim do aprendizado com as avaliações do passado.

O conceito da arquitetura pensada, exposto no artigo passado, destaca a busca por um projeto viável e factível, e está entrelaçada com as avaliações e validações do mercado e do urbanismo. Desenvolver um projeto é validar uma análise do produto lançado ou em criação, identificando para quem se destina, quais suas condicionantes de aplicabilidade, funções, questões legais, estética, viabilidade econômica, dentre outras. Tais variáveis e predeterminações devem vir das validações do passado, das avaliações de novas tendências, além das estratégias e serem empregadas, e assim, o produto será escolhido pelo cliente seguindo respostas à seus anseios, e não mais apenas a prerrogativa cultural de comprar um imóvel para alcançar certa estabilidade, ou comprar porque o orçamento cabe no bolso.

Autor:  Expedito Júnior
            Arquiteto e Urbanista
            Especialista em Gestão Urbana e Ambiental
            CAU - RN: A39243-0        
           

Matéria publicada originalmente no jornal Cinform, também disponível no site da IMMOBILE Arquitetura


segunda-feira, 13 de julho de 2015

O cliente sabe realmente o que quer?

08:00:00
O título pode confrontar pensamentos anteriores, apresentados nos últimos artigos, contudo tal questionamento deve ser encarado, justamente, para reforçar a importância das inúmeras análises e variáveis no desenvolvimento de um projeto, de um produto imobiliário, ou quaisquer atividades comerciais a serem desempenhadas. Muitas vezes o cliente não sabe dizer o que precisa, mas conhece muito bem os seus problemas.
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A falta de conhecimento sobre os próprios desejos, aliado ao profundo entendimento dos problemas e limitações que cada um possui, devem ser encarados de forma coesa. Esta máxima de que “o cliente não sabe o que quer”, pode ser atribuída ao inovador e empreendedor, Steve Jobs. É dele a célebre colocação: “as pessoas não sabem o que querem, até mostrarmos a elas”. Por isso, inovar e criar mecanismos para que o cliente descubra novas soluções diante de um produto imobiliário, é o desafio. Tenho certeza que ninguém imaginava como os Smartphone tornaram-se uma peça fundamental do vestuário. Basta sairmos de casa sem ele que já sentimos que está faltando algo. A inovação e a criação sempre seguiram a evolução da humanidade, seja com a tecnologia de Steve Jobs, seja nas cidades e na construção civil. No entanto, a dinâmica urbana do mundo moderno costuma atropelar a busca por melhorias no desenvolvimento de novos empreendimentos, das soluções urbanas e de infraestrutura. Esse desenvolvimento acelerado vai na contramão quanto a atender aos anseios dos clientes, mas seguem atendendo aos interesses econômicos e políticos de alguns, os quais não serão tratados aqui.

O mercado imobiliário impulsionado nos últimos anos pelo crédito farto e a crescente linha de financiamento bancário, por algum tempo deixou de lado a inovação e a busca em identificar o que o cliente queria, pois, estava claro que o comprador só queria algo que pudesse pagar, que estivesse ao seu alcance financeiro. Agora, com a mudança de cenário, as empresas devem investir fortemente nos pontos de identificação quanto ao que o cliente quer, o que podem desejar e ainda nem conhecem.

É fato que o desejo por imóveis sempre seguirá lado a lado com a necessidade e limitações de ambos os lados (clientes e incorporadores), além dos fatores técnicos intrínsecos ao produto imobiliário. Contudo, é possível trabalhar empreendimentos que alinhem variáveis dos desejos dos clientes em um único produto. Um exemplo foi o empreendimento residencial lançado em 2014 aqui em Aracaju, o Smart Residence. Este case ilustra bem o alinhamento entre características predeterminadas de certos produtos a projetos diferenciados, atendendo ao desejo do cliente, afinal sua localidade permite que o morador tenha um apartamento de frente para o mar (características de empreendimentos de luxo), compactos (características de empreendimento populares em Aracaju), lazer diferenciado (características de empreendimentos clubes), além de condições de aquisição acessível (preços praticados em empreendimentos do Minha Casa, Minha Vida).


Smart Residence
No encontro do rio com o mar, onde a natureza criou um dos mais belos cartões postais de Aracaju, escolhemos o cenário perfeito para proporcionar a você, conforto, segurança e qualidade de vida. O Smart Residence está localizado a poucos metros da praia...

Resumidamente, seria possível criar o desejo por determinados produtos imobiliários, sabendo identificar os problemas desse mercado, sabendo imaginar e criar algo novo para que o profundo desejo seja despertado. Será que nos projetos mais tradicionais da capital sergipana e de outras cidades, a resposta de atender ao que o cliente quer foi alcançada? Não há problema nenhum em não saber o que se deseja, ou que se quer. O cliente não é o especialista do negócio, essa atribuição são dos envolvidos com o mercado, os profissionais, empresas e instituições que vivenciam os problemas dos clientes, dos empreendimentos, da urbanidade e das cidades.

Enfim, segue-se a busca em responder o que realmente o cliente quer. A mola mestra não é apenas a solução a ser dada, mas as dúvidas antecipadas e dissipadas com estudo, dedicação e compromisso em se fazer o melhor.

Autor:  Expedito Júnior
            Arquiteto e Urbanista
            Especialista em Gestão Urbana e Ambiental
            CAU - RN: A39243-0        
           

Matéria publicada originalmente no jornal Cinform no dia 13.07.2015, também disponível no site da IMMOBILE Arquitetura.

Projetos e a viabilidade econômica

08:00:00
Como desenvolver um projeto sem antes ter conhecimento dele? Em artigos anteriores foi falado da ARQUITETURA PENSADA e de VALIDAÇÃO, agora, é o momento de convergir estes apontamentos a um dos pilares fundamenteis no desenvolvimento dos projetos: a VIABILIDADE ECONÔMICA. Esta nova atividade relacionada ao desenvolvimento de projetos segue entrelaçada a toda vida do empreendimento. Seja no princípio dos estudos, quanto às breves conceituações econômicas do empreendimento, seja com a confirmação dos valores apresentados na conclusão dos projetos, ou ainda na fase final, com o lançamento e acompanhamento das vendas.


De forma mais simples e sem envolver apontamentos complexos e acadêmicos, a VIABILIDADE ECONÔMICA do empreendimento deve ser encarada como o reflexo do custo benefício. Esta relação do CUSTO x BENEFÍCIOS vem tomando grande destaque no momento de decisão dos consumidores, em virtude das dificuldades financeiras que o pais passa, e não seria diferente para empreendedores e empresários. Definir a aquisição de um bem, o investimento em determinada área, a aplicação financeira e a criação de um empreendimento, devem passar pelas validações da VIABILIDADE ECONÔMICA.

Agora, dando ênfase ao mercado imobiliário e o desenvolvimento de projetos, as incorporadoras e profissionais da área devem entender o quanto primordial é a interdependência de suas atividades para com o mercado. Expondo de forma mais clara esta interdependência, é fato que quando uma área é escolhida para o desenvolvimento de determinado empreendimento, a primeira coisa a ser feita é a avaliação do terreno, a infraestrutura existente, as condicionantes legais e dificuldades técnicas. Na definição do produto tem que se que verificar o conceito a ser empregado, a tipologia a ser desenvolvida, a quantidade de unidades a ser trabalhada, o valor destas unidades e sua regularização. No lançamento do empreendimento deve-se confirmar a forma de apresentação do produto, as condições de comercialização, os investimentos com marketing, vendas e, o maior investimento do empreendimento, o início de suas obras. As descrições acima podem relacionar as etapas de um empreendimento com seu planejamento inicial, suas discussões no desenvolvimento dos projetos e suas validações ao início das vendas. Mas como a VIABILIDADE ECONÔMICA se comportaria e o por que ela teria de acompanhar todas as etapas?

Para a etapa inicial dos projetos e definições, a VIABILIDADE ECONÔMICA deverá identificar se o empreendimento a ser idealizado, em virtude de sua localização e valores de venda, poderá assumir todos os custos relacionados ao terreno, como a sua aquisição, infraestrutura e os custos com as próprias edificações. Assim, nesta fase tem-se a conta de partida, onde o Valor Geral de Venda do projeto deve cobrir todos estes custos e ainda dar o resultado esperado para o empreendedor, ou seja, deve ser feita a conta básica se os custos mais o lucro serão pagos pelas vendas das unidades. Na etapa de desenvolvimento, onde entende-se que as premissas básicas já foram atendidas, a VIABILIDADE segue norteando os projetos, os acabamentos do empreendimento e decisões quanto a mudanças e adiamento para o prazo de lançamento. Para a fase de lançamento e vendas, a viabilidade deve nortear as condições de marketing e vendas, quanto ao acompanhamento da comercialização, além da obra que será a fase de maior envolvimento com o acompanhamento econômico do empreendimento, afinal é esta a fase que envolve os maiores custos e aonde a falta de controle pode prejudicar consideravelmente o empreendimento.


Tornar um empreendimento viável economicamente é criar e gerir todas as etapas do projeto respondendo às interferências das atividades e, acima de tudo, planejando cada etapa. Os profissionais do mercado imobiliário, independentemente de seu envolvimento, devem sempre indagar qual será seu CUSTO e qual será o BENEFICIO a serem agregados com seu envolvimento na criação de empreendimentos.

Autor:  Expedito Júnior
            Arquiteto e Urbanista
            Especialista em Gestão Urbana e Ambiental
            CAU - RN: A39243-0        
           

Matéria publicada originalmente no correio de Sergipe no dia 13/07/2015, também disponível no site da IMMOBILE Arquitetura

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Arquitetura pensada

08:00:00
Diante da atual dinâmica urbana, do crescimento desenfreado de alguns núcleos urbanos e o avanço tecnológico na construção civil, os estilos e caraterísticas da arquitetura de forma geral vêm passando por profundas transformações, por um processo de transição, onde parte do seu DNA relacionada à estética e arte foi substituída por um processo utilitário da cultura industrializada. A arte arquitetônica que refletia nos estilos e movimentos das cidades, perdeu espaço para grandes fábricas de projetos, ainda mais com os adventos tecnológicos como a produção em massa de projetos através dos meios eletrônicos e tecnologias construtivas como placas concreto. 


Pressionados tanto por um mercado que exige mais e com mais padronização, como por uma legislação retrógrada e incerta, os arquitetos hoje esmagam sua criatividade (as vezes confundidas como arte pura) e se entregam a uma condição de arquitetura que poderia ser intitulada como Arquitetura Empírica, desenvolvida puramente para satisfazer o imediatismo do mercado. A falta de identidades urbanas é um reflexo dessa aplicação desenfreada do processo de arquitetura fabril, empírica.

O desenvolvimento de projetos passa por inúmeras interferências, tudo deve ser levado em consideração quando do desenvolvimento arquitetônico de uma edificação, não esquecendo das demandas dos clientes, mas também lembrando do seu envolvimento com a localidade, com a cidade, suas relações de custo, sua viabilidade financeira, sua estética, suas orientações solares, seu conforto térmico e acústico, as tecnologias empregadas, as limitações legais, a acessibilidade, e assim segue. Além disso, a associação de todas essas variáveis à um traço estético e estilístico, a movimentos culturais locais e globais é uma tarefa essencial que precisa ser resgatada, pois esta cria significado e inspira e cria sensações nos moradores e o no entorno de cada arquitetura.

No contraponto à arquitetura acima descrita como empírica, é possível ousar em denominar um novo conceito, a ARQUITETURA PENSADA? Afinal, o projeto quando concebido é idealizado para sua construção e deve atender inúmeras relações e interferências já relatadas, e agregar todo empirismo e relações de utilidade e função, mas ir além. “Pensar na arquitetura” a ser empregada é responder com conhecimento de forma técnica a interferências da dinâmica das vidas das pessoas e da cidade e construir significados estéticos que tocam e não se tornam indiferentes para as pessoas. A ARQUITETURA PENSADA como resposta a dinâmica dos dias atuais, só seria identificada quando da construção da obra, ou seja, quando os projetos definitivamente passam a fazer parte da vida das pessoas e da cidade, quando as interferências passam a envolver-se com o projetado, com o idealizado.


Assim como o Urbanismo para negócios, onde identifica-se a relação dos projetos para com os envolvimentos urbanos, a Arquitetura Pensada relaciona linhas conceituais à funcionalidade e viabilidade econômica financeira do projeto. Resgatar grandes traços com funcionalidade e viabilidade econômica é ir além da Arquitetura Empirista, pois significa dar saltos de criatividade e inovação em cada projeto.

Enfim, as obras que surgem foram viabilizadas de alguma forma, e esta forma deverá responder através da ARQUITETURA PENSADA e não apenas com desenhos arquitetônicos técnicos e sem vida.

É fato que, para os estudantes e profissionais da área, é mais fácil identificar e relacionar os projetos aos seus criadores, porém, com o tempo e o conhecimento das obras, a população também passa a reconhecer certas características destas obras e relaciona-las ao arquiteto ou escritório de arquitetura responsável. E acima de tudo, com as novas regras dispostas pelo Conselho de Arquitetura, onde a indicação de responsabilidade técnica em placas e anúncios e outros elementos de comunicação, será possível um maior reconhecimento dos profissionais, seus traços e características, ou seja, um maior reconhecimento do que é ressaltado aqui, as obras e seus criadores.


Portanto, se a Arquitetura Pensada for aplicada e impulsionada por seus atores, é possível que tenhamos mais significado e vida para as cidades, sem perder o olhar financeiro e funcional e como consequência, teremos mais nomes de profissionais que serão facilmente identificados por suas obras. Novos arquitetos de destaque surgirão, mas para isso o conceito de Arquitetura Pensada precisa estar enraizado em cada novo arquiteto, em cada novo escritório.

Autor:  Expedito Júnior
            Arquiteto e Urbanista
            Especialista em Gestão Urbana e Ambiental
            CAU - RN: A39243-0        
           

Matéria publicada originalmente no jornal Cinform no dia 08/07/2015, também disponível no site da IMMOBILE Arquitetura

Sobre a

IMMOBILE Arquitetura

Ela foi idealizada em 2008 pelo arquiteto e urbanista Expedito Junior, com o objetivo de criar e implementar projetos de alta performance e profundidade técnica, executados para atingir os melhores índices de rentabilidade de acordo com a individualidade de cada empreendimento e negócio. Constituída por uma equipe de profissionais que possuem diferentes visões de mercado, procuramos manter um relacionamento estreito com os investidores, construtores e principalmente possibilitando a maior eficiência e agilidade nos processos de criação, regularização e entrega.




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