Considero que os nascidos após a década de 70 foram mais controlados pelos familiares no quesito realização e desenvolvimento profissional, que será nosso foco. Este controle estaria relacionado às orientações, e mesmo predeterminação dos pais para que seus filhos seguissem uma profissão especifica e, se possível, pudesse ingressar em algum concurso público, sinônimo de estabilidade e sucesso garantido. Tenho certeza que se refletirem e olharem para os lados, são muitos os colegas que se enquadrariam nessa condição, onde a orientação profissional foi induzida pelos seus familiares, e mesmo, gerida por alguém. Tal fato pode ter suas explicações psicológicas no pós anos rebeldes ou nos anos de incertezas econômicas que fragilizavam as empresas e comércio naquela década e na seguinte, a de 80. O fato que quero abordar, é que a escolha profissional era dada por obrigação ou status, e hoje, especialmente após 2015, a profissão ou formação não é mais obrigatória. Hoje, a obrigação é buscar a realização de seus sonhos: profissionais e pessoais.
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Vimos em 2015 “o lado obscuro da corrupção” aflorar como nunca tinha se visto no Brasil, deixando claro que as incertezas econômicas e políticas quebrariam a sensação de estabilidade dos empregos vistos como mais seguros, até mesmo cargos públicos. Afinal, quem um dia imaginou que a Petrobrás passaria por dificuldades? Ou que os bancos e entidades públicas seriam fragilizadas por ingerência e não representariam mais segurança para o crescimento profissional de um cidadão? Por outro lado, reforçando que a empregabilidade atual é outra, tivemos mais notícias de empreendedores surgidos da estabilidade profissional, onde largaram tudo para começar uma empresa, seguir um novo rumo profissional, realizar outros sonhos, ou apenas se encontrar.
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O fato é que não teremos mais atividades profissionais tão predeterminadas como antes. Teremos o novo, a dinâmica dos mercados e a busca para o autoconhecimento profissional. Em 2016, também teremos quebras de paradigmas ou será que nosso leitor continuará sendo levado pela “boiada”?
Autor: Expedito Júnior
Arquiteto e Urbanista
Especialista em Gestão Urbana e Ambiental
CAU - RN: A39243-0
Matéria publicada originalmente no jornal Cinform no dia 18/01/2016, também disponível no site da IMMOBILE Arquitetura
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