A dinâmica do mundo e outra, é o momento de adotar estratégias e pontos de avaliação diferentes, compreender melhor os clientes, para assim torna-se capazes de aprimorar os produtos. Esta busca em compreender o cliente melhor não está atrelada em mais quantidade de trabalho e sim em trabalhar com mais inteligência, afinal, identificar as necessidades reais dos clientes permite que os esforços sejam recompensados. Parte da identificação e melhor compreensão dos clientes passa na avaliação do passado, no aprimoramento das métricas de avaliação dos produtos já lançados, dos erros e acertos, dos sucessos de vendas e da lentidão das vendas. Expondo esse pensamento é possível afirmar que persistir em um produto que foi sucesso no passado, pode ser um erro diante do novo mercado, pois, o cliente juntamente com o produto pode e deve ter aprimorado as expectativas e resultado.
Hoje, a facilidade de acesso as informações aproxima cada vez mais empresas e clientes, como também os afasta, afinal, nunca foi tão fácil recriminar ou criticar de maneira abusiva o erro de uma empresa ou prestador de serviço. As redes sociais tornaram-se a fonte da avaliação para todos, basta postar uma foto ou uma informação, e pronto! Já está sendo avaliado, criticado, elogiado e julgado. Há uma máxima em que um cliente satisfeito atingi até três pessoas, já um cliente insatisfeito atingi dez ou mais pessoas, e olhe que está máxima é antiga, da época que não havia o facebook.
Tem-se de forma costumeiras inúmeras críticas a empreendedores que desenvolvem projetos com muitas unidades, as vezes pequenos, com estética não tão apurada ou impondo arquitetura de outras localidades. Se fazem dessa forma, é porque a legislação permite, e principalmente, conseguiram identificar sua demanda, tendo aceitação de seus produtos. Avaliar não é apenas dar sua opinião, é ter ou criar opinião a partir de várias informações acerca do assunto. Antes de valida-la, seria justo entender tudo envolvido na criação do empreendimento, na estratégia da empresa, no mercado alvo, dentre outros. O que não dá mais, é persistir com erros ou não aprender com as validações de seus produtos, positivos (de sucesso) ou não.
O conceito da arquitetura pensada, exposto no artigo passado, destaca a busca por um projeto viável e factível, e está entrelaçada com as avaliações e validações do mercado e do urbanismo. Desenvolver um projeto é validar uma análise do produto lançado ou em criação, identificando para quem se destina, quais suas condicionantes de aplicabilidade, funções, questões legais, estética, viabilidade econômica, dentre outras. Tais variáveis e predeterminações devem vir das validações do passado, das avaliações de novas tendências, além das estratégias e serem empregadas, e assim, o produto será escolhido pelo cliente seguindo respostas à seus anseios, e não mais apenas a prerrogativa cultural de comprar um imóvel para alcançar certa estabilidade, ou comprar porque o orçamento cabe no bolso.
Autor: Expedito Júnior
Arquiteto e Urbanista
Especialista em Gestão Urbana e Ambiental
CAU - RN: A39243-0
Matéria publicada originalmente no jornal Cinform, também disponível no site da IMMOBILE Arquitetura
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