segunda-feira, 20 de julho de 2015

Onde encontra a validação

Diariamente tudo e todos são avaliados e julgados de diversas maneiras e formas, o que não seria diferente no mercado imobiliário e seus empreendimentos. Tal afirmativa vêm com mais força no momento em que o pais se encontra, onde “nada está bom”, “não se vende nada” e o pessimismo impera. Alguns anos atrás tinha-se credito farto para construtores e compradores, e assim, as avaliações e julgamentos não entravam em pauta a ponto de definir a compra de um imóvel. Por um tempo razoável o cliente só se preocupava com a liberação do financiamento, e já os construtores, só se preocupavam em lançar o produto que seria vendido, independentemente de sua qualidade. 


A dinâmica do mundo e outra, é o momento de adotar estratégias e pontos de avaliação diferentes, compreender melhor os clientes, para assim torna-se capazes de aprimorar os produtos. Esta busca em compreender o cliente melhor não está atrelada em mais quantidade de trabalho e sim em trabalhar com mais inteligência, afinal, identificar as necessidades reais dos clientes permite que os esforços sejam recompensados. Parte da identificação e melhor compreensão dos clientes passa na avaliação do passado, no aprimoramento das métricas de avaliação dos produtos já lançados, dos erros e acertos, dos sucessos de vendas e da lentidão das vendas. Expondo esse pensamento é possível afirmar que persistir em um produto que foi sucesso no passado, pode ser um erro diante do novo mercado, pois, o cliente juntamente com o produto pode e deve ter aprimorado as expectativas e resultado.

Hoje, a facilidade de acesso as informações aproxima cada vez mais empresas e clientes, como também os afasta, afinal, nunca foi tão fácil recriminar ou criticar de maneira abusiva o erro de uma empresa ou prestador de serviço. As redes sociais tornaram-se a fonte da avaliação para todos, basta postar uma foto ou uma informação, e pronto! Já está sendo avaliado, criticado, elogiado e julgado. Há uma máxima em que um cliente satisfeito atingi até três pessoas, já um cliente insatisfeito atingi dez ou mais pessoas, e olhe que está máxima é antiga, da época que não havia o facebook.

Tem-se de forma costumeiras inúmeras críticas a empreendedores que desenvolvem projetos com muitas unidades, as vezes pequenos, com estética não tão apurada ou impondo arquitetura de outras localidades. Se fazem dessa forma, é porque a legislação permite, e principalmente, conseguiram identificar sua demanda, tendo aceitação de seus produtos. Avaliar não é apenas dar sua opinião, é ter ou criar opinião a partir de várias informações acerca do assunto. Antes de valida-la, seria justo entender tudo envolvido na criação do empreendimento, na estratégia da empresa, no mercado alvo, dentre outros. O que não dá mais, é persistir com erros ou não aprender com as validações de seus produtos, positivos (de sucesso) ou não.


No Brasil é comum o erro ser encarado como fracasso, no entanto, quase sempre esse fracasso traz aprendizado e melhorias para ações futuras. Quem não sabe de alguma empresa que teve problemas no passado e conseguiu dar volta por cima, que não vendeu determinado produto e depois seu próximo lançamento foi um sucesso. Não se deve entrar no mérito da honestidade ou confiança, e sim do aprendizado com as avaliações do passado.

O conceito da arquitetura pensada, exposto no artigo passado, destaca a busca por um projeto viável e factível, e está entrelaçada com as avaliações e validações do mercado e do urbanismo. Desenvolver um projeto é validar uma análise do produto lançado ou em criação, identificando para quem se destina, quais suas condicionantes de aplicabilidade, funções, questões legais, estética, viabilidade econômica, dentre outras. Tais variáveis e predeterminações devem vir das validações do passado, das avaliações de novas tendências, além das estratégias e serem empregadas, e assim, o produto será escolhido pelo cliente seguindo respostas à seus anseios, e não mais apenas a prerrogativa cultural de comprar um imóvel para alcançar certa estabilidade, ou comprar porque o orçamento cabe no bolso.

Autor:  Expedito Júnior
            Arquiteto e Urbanista
            Especialista em Gestão Urbana e Ambiental
            CAU - RN: A39243-0        
           

Matéria publicada originalmente no jornal Cinform, também disponível no site da IMMOBILE Arquitetura


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Ela foi idealizada em 2008 pelo arquiteto e urbanista Expedito Junior, com o objetivo de criar e implementar projetos de alta performance e profundidade técnica, executados para atingir os melhores índices de rentabilidade de acordo com a individualidade de cada empreendimento e negócio. Constituída por uma equipe de profissionais que possuem diferentes visões de mercado, procuramos manter um relacionamento estreito com os investidores, construtores e principalmente possibilitando a maior eficiência e agilidade nos processos de criação, regularização e entrega.




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