E esse otimismo e bom desempenho do setor tem tudo para continuar ainda no ano de 2021. Apesar dos desafios e inseguranças em relação à economia do país com o fim do auxílio emergencial e desemprego, o mercado imobiliário como um todo está otimista para os próximos meses e o principal motor disso é a baixa da taxa de juros básica. É esperado que a Selic possa flutuar sim, mas ela ainda vai se manter num patamar baixo, seja de 2,3% ou de 2,4% ou 3,4% até o fim do ano, como é previsto. Ainda assim, este índice está muito abaixo, comparado ao score que temos.
Isso permite que todo o setor se beneficie, incluindo incorporadoras que conseguem tomar crédito mais barato para construir e o cliente final que tem um crédito muito mais acessível para financiar um imóvel. A capacidade de compra do cliente aumentou muito com os juros baixos, um mesmo financiamento de dois ou três anos atrás agora é possível para ele.
Além disso, a tendência de mudança do mindset das pessoas em relação ao morar também vai continuar. Com a pandemia e isolamento social, o imóvel precisa estar adequado para as nossas demandas sociais, de trabalho, estudo e lazer, que agora acabam ocupando o mesmo ambiente. Além do espaço em si da casa, a região de se morar também têm contado muito e influenciado na hora da tomada de decisão, e por isso muitos têm procurado sair de capitais ou centros urbanos, para ir até locais mais tranquilos, como litoral ou campo, o que impulsiona mais ainda o desejo de comprar uma casa nova.
Outro fator importante para o crescimento e sustentabilidade do setor é o recorde de arrecadação da poupança no último ano. Como os bancos utilizam muito este recurso para o financiamento imobiliário, isso significa que eles terão crédito em abundância para oferecer em 2021. A economia como um todo ainda se mantém estável em relação às taxas de juros em baixa e também porque em 2020 a inadimplência não subiu de forma significativa. Ou seja, os indicadores macro permanecem sustentáveis para o mercado imobiliário.
Todos esses pontos acabam se sobressaindo em relação aos desafios que teremos pela frente no que diz respeito às inseguranças econômicas e políticas, que permanecem no radar. Além disso, temos a chegada da vacina contra o coronavírus, que por si só já é um impulso para trazer esperança a todos os setores e reforçar ainda mais o setor de imóveis.
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