Mercado está aquecido para realização do sonho da casa própria
“Nunca tivemos um momento tão oportuno para comprar imóvel. Os estoques estão próximos a zero. Temos lançamentos. As construções que ficarão prontas daqui a um ano, já estão com 50% das unidades vendidas”, afirma Wilson Charles Oliveira, diretor comercial da Construtora Emplavi, especializada em imóveis de alto padrão. O ano de 2018, segundo ele, foi muito bom para a empresa. Mas em 2019, até setembro, já vendeu 20% de unidades a mais — com alta de semelhante percentual no faturamento. Ele prevê que esse “ciclo de desenvolvimento” vai também movimentar o mercado de usados, na mesma proporção. “As portas estão abertas para a negociação”, afirma Oliveira.
“Tanto a caderneta de poupança quanto fundos de investimento e as ações na bolsa tendem a reduzir o retorno. A opção é mudar para um bem seguro, de raiz. Mas lembre-se de que será difícil, daqui a alguns meses, encontrar esses valores”, aconselha. Pedro Ávila, diretor comercial da PaulOOctávio Construtora, ressalta que, na Bolsa de Valores de São Paulo, desde janeiro, os fundos imobiliários já captaram aproximadamente R$ 4,4 bilhões. “Sinal de que os investidores acreditam no mercado. O ano de 2020 será de muitos negócios”, prevê.
“Nosso produto é de construção de longo prazo. Demora cerca de seis a sete anos. Em Brasília, temos 2.708 imóveis, sendo que 73,4% estão em construção e somente 26,6% estão prontos. No início do ano, essa comparação empatava em 50%. Mas com a taxa básica de juros (Selic) em 5%, com tendência a chegar a 4,5% em dezembro, inflação de 2,54%, em 12 meses, e dólar próximo aos R$ 4, tudo mudou. Estamos otimistas. O crescimento é sustentável”, garante.
“A alta vem sendo gradual. Em 10 ou 12 meses, nosso estoque praticamente chega ao fim. Aí, vamos ter que aguardar os lançamentos. A tendência é o preço subir”, reitera. Ele ressalta que, além da alta nas vendas dos imóveis residenciais e comerciais, o que deve ser observado com lupa é o comportamento dos investidores. “Começaram a diversificar. Estão se concentrando menos no mercado financeiro. Isso é bom, porque o dinheiro tem que vir mesmo para a produção.”
“Ele só virá de forma sustentável com o emprego. É o emprego que gera renda e acesso ao banco e ao crédito. As pessoas precisam de dinheiro para comprar. Por isso, as reformas são importantes para facilitar a liberação de verbas para o setor produtivo abrir vagas”, alerta.
“A importância da correção do crédito pelo IPCA é grande, porque, além de reduzir o valor da mensalidade, está abaixo do INPC, que corrige a maioria dos salários. Isso faz com que, com o tempo, as pessoas não percam a capacidade de bancar as prestações da casa própria. É um incentivo a mais e uma boa estratégia para a queda da inadimplência”, lembra Ávila.
redes sociais