Continuei a leitura e vi que esses dados são de 2012, mas apesar de passados 03 anos, seria possível identificar que não reduzimos pouco essa demanda, e ainda que tal número tem uma representatividade muito grande já que equivale a aproximadamente 12% da população aracajuana, e observe que não faço equivalência da quantidade de pessoas que residiriam nestas unidades. Aprofundando mais este dado, a reportagem nos apresenta que das 77,4 unidades demandadas, aproximadamente 64 mil unidades estariam na linha do Minha Casa Minha Vida e pouco mais 13,4 mil unidades estariam enquadras nos diversos padrões de unidades habitacionais.
Apesar de não esquecer o cenário político e econômico do nosso País, e de forma local, do nosso Estado e Município, acredito plenamente que estes números nos mostram a possibilidade de crescimento contínuo do mercado imobiliário local, mesmo que não tão acelerado como no passado. Tal afirmação alinha-se aos dados da reportagem citada e a fatos mais claros no nosso dia a dia, ou seja, fatos que percebemos na própria evolução da cidade, como a vinda de pessoas de outras localidades do Brasil para morar em Aracaju, e o próprio crescimento da capital sergipana e da sua população.
Chamo a atenção que tal reportagem deve ser bem analisada e vista pelas entidades públicas, visto que o desenvolvimento urbano aracajuano obrigatoriamente passará pelo crescimento do próprio mercado imobiliário, e a melhor solução da equação entre o crescimento e o mercado será o diálogo entre seus atores, buscando atender e ser atendido.
Enfim, muito ainda deve ser feito para o contínuo crescimento do mercado, e consequentemente, da cidade, não esquecendo dos desafios em projetar com responsabilidade, de forma sustentável para o meio ambiente e com o pensamento no futuro de nossa malha urbana.
Autor: Expedito Júnior
Arquiteto e Urbanista
Especialista em Gestão Urbana e Ambiental
CAU - RN: A39243-0
Matéria publicada originalmente no jornal Cinform no dia 05/10/2015, também disponível no site da IMMOBILE Arquitetura
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