quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

Caixa quer acelerar negócios ligados ao financiamento imobiliário em 2020

09:18:00

Com uma carteira de cerca de R$ 480 bilhões, banco lidera crédito imobiliário no país; apesar disso, ativos somam R$ 6 bilhões, número considerado tímido.

A Caixa Econômica Federal vai ampliar linhas de negócio ligadas ao financiamento imobiliário em 2020, valendo-se de posição de liderança no setor para ampliar receitas num mercado que vem se recuperando rapidamente no país.
 
Enquanto prevê crescimento de 30% das concessões de crédito para compra de residências neste ano, a Caixa também planeja acelerar o home equity, empréstimos em que o tomador oferece imóvel como garantia em troca de taxas de juros menores. 
“Isso pode nos ajudar a ampliar o relacionamento com muitos dos nossos clientes”, disse o presidente-executivo da Caixa, Pedro Guimarães.
Com uma carteira de cerca de 480 bilhões de reais no final de 2019, a Caixa lidera com folga o crédito imobiliário no país, com cerca de 60% do setor. Mas embora também seja a maior no segmento de home equity, seus ativos no setor somam cerca de 6 bilhões de reais, número considerado tímido por especialistas.

Além disso, a Caixa está começando financiamento para interessados em comprar cerca de 70 mil imóveis retomados pelo banco por conta de inadimplência, ativos avaliados em cerca de 5 bilhões de reais. Há cerca de dois anos, o banco tentou vender parte dessa carteira em grandes lotes a investidores, mas o leilão fracassou. 
“Achamos que podemos ganhar mais financiando a compra deles”, disse ele.
Desde que assumiu o comando da Caixa no começo do ano passado, Guimarães, um veterano do mercado financeiro, tem defendido o maior uso de instrumentos de mercado como forma de ampliar o volume de recursos para empréstimo imobiliário.

No segundo semestre de 2019, a Caixa lançou uma linha no setor atrelada ao IPCA, principal índice de inflação do país. Segundo Guimarães, o banco já emprestou 5 bilhões de reais por esta linha e aprovou outros 11 bilhões de reais.

Em março, o banco vai lançar na linha imobiliária prefixada. O plano de Guimarães é de que metade do que for originado nestas duas linhas seja securitizado e vendido a investidores.

  • Vendas de ativos
Enquanto amplia a prateleira no setor imobiliário, a Caixa avança nos planos de se desfazer de ativos não prioritários, como forma de reduzir exigências de capital e ganhar eficiência. 

Além dos valores que deve arrecadar com a listagem de seus braços de seguros Caixa Seguridade e de cartões Caixa Cartões, ambos neste ano, o banco estatal também deve avançar com a venda de participações em negócios e imóveis próprios.

Numa mão, a instituição agrupará ativos imobiliários próprios, incluindo de agências bancárias e prédios de escritórios, em dois fundos de 1,5 bilhão de reais cada.

Em outra, manterá o ciclo de vendas de participações diretas, indiretas ou que administra. No ano passado, segundo Guimarães, a Caixa vendeu o equivalente a 15 bilhões de reais em ações, incluindo de Banco do Brasil, IRB Brasil e Petrobras. A instituição pretende ainda se desfazer da fatia de 36% do capital do Banco Pan.

A maioria dos recursos oriundos da venda de ativos, incluindo os que devem ser levantados com a venda de fatias nos IPOs de Caixa Seguridade e Caixa Cartões, tendem a ser usados para devolver ao governo federal empréstimos obtidos na última década recebidos por meio de instrumentos híbridos de capital e dívida (IHCD).

No ano passado, a Caixa devolveu cerca de 11 bilhões de reais. Para 2020, o banco tem plano de devolver cerca de outros 8 bilhões de reais, atingindo quase metade dos cerca de 40 bilhões de reais tomados.

O executivo defendeu ainda a venda de participações detidas pelo FI-FGTS e que são administradas pelo banco, incluindo na empresa de energia Alupar, na companhia de saneamento BRK Ambiental, controlada pela Brookfield, e na VLI Logística.

A proposta de venda da fatia na Alupar foi vetada duas vezes por maioria mínima do conselho do FI-FGTS no ano passado. Segundo Guimarães, se mais um ou dois conselheiros forem convencidos a proposta poderá ser aprovada. 
“Vou apresentar a proposta de venda de novo”, disse Guimarães. “O negócio não exige mais capital e já nos rendeu mais de 200% de retorno.”
Fonte: Exame / Janeiro 2020

terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Queda da taxa Selic e mudanças no sistema de financiamento aquecem venda de imóveis

12:57:00

Segundo economistas, momento está favorável para quem pretende comprar um imóvel e setor também interessa investidores. A queda da taxa Selic e mudanças no sistema de financiamento brasileiro têm incentivado a compra e a construção de imóveis no país.

A diminuição da taxa Selic, que é o índice que o Governo Federal paga para quem compra títulos da dívida pública, pelo Banco Central aqueceu o mercado imobiliário. Com isso, segundo a economista Naiara Fracaroli, quando a Selic cai, as outras taxas também tendem a diminuir por efeito cascata.
Foto: Freepik

Há alguns anos, a taxa estava com juros de 10% ao ano. Agora, a diminuição é uma estratégia do governo para aquecer o setor de construção e habitação, o que deixa o momento favorável para quem pretende comprar um imóvel.

"É uma excelente oportunidade por conta da redução dos juros, é um custo de financiamento menor", garante a economista.

Por outro lado, Naiara explica que quem já tem contratos firmados com a taxa anterior que era mais alta, tem a chance de renegociar o financiamento ou pedir a portabilidade para outro banco que ofereça algum tipo de benefício.

De acordo com o gestor comercial de uma empresa que comercializa apartamentos uma das explicações para a melhora no mercado imobiliário também está na política de financiamento habitacional.

A partir de agora, segundo ele, os clientes com renda mensal entre R$ 3,5 mil e R$ 7 mil estão conseguindo condições interessantes de financiamento. "Dentro da primeira semana que teve essa redução, a gente já conseguiu finalizar 88 contratos", comemora Rafael Menezes.

Pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), por exemplo, é possível pleitear cálculos com juros de 6,5% ao ano. Antes, o índice para esta faixa de rendimento era de 9,5%.

Nessa modalidade de crédito, as instituições financeiras captam recursos por meio da poupança. Além disso, a correção não é feita pelo IPCA. Em síntese, o reajuste também tende a ser menor.

O designer gráfico André Mucheroni, por exemplo, optou pela compra de um apartamento em Bauru, em vez de pagar aluguel. O futuro morador conseguiu um financiamento em 260 meses, com parcelas de R$ 560.

"Seria praticamente o dinheiro de um aluguel, mas é um imóvel que eu estou adquirindo. Então é um dinheiro que estou guardando na verdade, além do principal que é ter um lugar para recomeçar minha vida", se empolga André.

Construção civil

O clima também está bom no setor de construção civil. Diretor regional de uma construtora de Bauru, Mauri Leite espera um aquecimento do setor, já que clientes com rendimento maior do que os contemplados por programas sociais podem conseguir financiamentos com taxas mais em conta.

A empresa de Mauri comercializa apartamentos com preços que variam de R$ 200 mil até R$ 1 milhão. Neste contexto, investidores também estão enxergando no setor imobiliário uma forma mais interessante de rendimento do que só as aplicações financeiras.

"Os investimentos hoje pré-fixados tem um rendimento menor e deslumbram no mercado imobiliário com ganho de valorização, ou trocar por renda de aluguéis, ou outro investimento", completa o diretor.

Fonte: g1.globo.com / Janeiro 2020


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