segunda-feira, 28 de março de 2016

Aquisições

08:00:00
Em meio ao cenário de incertezas e confusões políticas que vivemos nos últimos tempos, seguimos no encalço do desenvolvimento de novos projetos e produtos imobiliários. Sem esquecer da busca constante em entender a viabilidade dos produtos já lançados e que em negociação, enfrentam este cenário. Este início de ano ficou muito mais claro que negociar um imóvel é enfrentar uma nuvem de dúvidas e premissas.

Fonte: freepik.com
Relato tal afirmação trazendo à tona duas situações que vêm acontecendo com grande dificuldade: as vendas de imóveis já prontos (seminovos) e a negociação por áreas com o pagamento exclusivo em permuta, onde o construtor compra determinado terreno trocando por outros imóveis. Lembrando que toda essa dificuldade também atingirá os imóveis a serem alugados. Certa vez, enquanto negociava a aquisição de uma grande área aqui em Aracaju, escutei do proprietário o seguinte: “o imóvel é meu e eu peço o que quero. O dinheiro é seu e você compra se quiser.”

Moral da história, não evoluímos com a negociação e o empreendimento não pôde ser desenvolvido. Apesar disso, esta marcante frase trata-se da pura verdade, se nesse ínterim não tivéssemos o mercado como modulador dos valores e negociações. Posso destacar que tal afirmação foi baseada na insegurança ou falta de conhecimento do próprio mercado, já que continua sendo difícil para muitos, entender as condições de negociação de imóveis, até mesmo para quem está inserido na área imobiliária.

Em nosso dia a dia de desenvolvimento de produtos imobiliários, onde aliamos arquitetura às necessidades do mercado, percebemos que toda vez em que nos envolvemos em uma negociação, tentamos agir como articuladores entre o negociante e o negociador, e como tais, assumimos o papel do mercado, que nem sempre pode ser justo para um dos lados, mas precisa moderar as negociações. Quando conseguimos evoluir em um ponto que atenda a todos, estas negociações são mais facilmente concluídas e efetivadas. No entanto, quando o negociante e o negociador estão com pensamentos próprios e fechados, sempre será muito difícil apelar para as práticas comerciais da dinamicidade que o mercado vive. E ainda há outros fatores como o sentimento envolvido na negociação, e quase sempre e infelizmente, o sentimento não pode ser pago.

Fonte: freepik.com
Já pensou você tentar comprar uma casa de um casal de idosos que morou toda a vida ali, e não quer ver seu patrimônio indo ao chão para dar lugar a um prédio? Essa compra pode até ser concluída, mas não tem “dinheirama” certa para que essa negociação agrade ao casal. Assim como já vi pessoas vendendo o imóvel com valores bem mais baixos que os praticados, porque precisam mudar-se de cidade com urgência. De maneira particular, segue a ciranda do mercado imobiliário, moldada ou não, pelas suas práticas. Agora, para todos aqueles que querem comprar, vender ou alugar, sugiro que vá de cabeça aberta e não ache que a proposta do outro é indecente, mesmo que pareça. Tirando os corretores, que devem adotar esta postura por obrigação, seria prudente sempre tentarmos pesquisar um pouco do mercado, avaliar e conhecer a localidade de cada imóvel a ser negociado, os potenciais de construção e valorização, as condições comerciais que estão sendo fechadas com seus vizinhos ou imóveis próximos.

Enfim, ressalto que todo imóvel tem seu preço baseado no mercado, mesmo os que têm um apreço sentimental embutido, ou mesmo aquele último terreno da avenida. Cedo ou tarde, uma oportunidade aparecerá e você terá de avaliar todas as condições. Reflita e avalie com conhecimento de causa, pois, a oportunidade perdida hoje, pode não aparecer mais.

Autor:  Expedito Júnior
            Arquiteto e Urbanista
            Especialista em Gestão Urbana e Ambiental
            CAU - RN: A39243-0
           

Matéria publicada originalmente no jornal Cinform no dia 28/03/2016, também disponível no site da IMMOBILE Arquitetura

segunda-feira, 14 de março de 2016

Já se vão seis anos...

08:00:00
Fonte: freepik.com
Peço licença aos os leitores do semanário Cinform para compartilhar um sentimento de retrospectiva quanto à minha trajetória profissional. São experiências que estão diretamente ligadas ao desenvolvimento do mercado imobiliário sergipano. Neste mês, minha equipe e eu comemoramos seis anos de evolução da Immobile Arquitetura. Em 2010, em meio ao franco crescimento do mercado imobiliário nacional, impulsionado pelo surgimento de novos produtos e um novo momento no País, resolvi largar a estabilidade como gerente de incorporações de renomada construtora local, para dá início ao ambicioso processo de empreendedorismo e, com isso, partícipe da transformação do mercado sergipano.

Até então, como gerente de incorporações da Habitacional Empreendimentos LTDA, não enxergava no mercado uma empresa prestadora de serviços em projetos e consultoria que se preocupasse com todo o processo de criação e desenvolvimento de um empreendimento imobiliário. Além disso, não via em outras construtoras sergipanas, de forma tão clara, essa mesma preocupação. Enquanto gerente e profissional atuante na formação de empreendimentos, pude me relacionar com todo o processo de criação, com o desenvolvimento dos projetos e, em especial, aprendi como poderia empreender no mercado junto a investidores, mesmo que os cenários fossem adversos. Após o aprendizado de seis anos, consegui demonstrar a empresa que, como prestador de serviços, ao invés de funcionário, poderia evoluir e atender muito melhor as demandas dos produtos imobiliários, acessando outras estratégias e maneiras de desenvolver empreendimentos. E assim, em março de 2010, deixei de ser funcionário e as portas da Immobile foram abertas. Nossos primeiros clientes foram alguns dos construtores e parceiros que acreditaram no novo modelo de escritório que se iniciava, mesmo sem a plena convicção de como seriam os nossos serviços.

Fonte: freepik.com
Nessa trajetória, foi possível inserir nossos conceitos e pensamentos em vários empreendimentos, como também plantar algumas sementes de transformação, às quais acredito, que nem todos enxergarão, mas para nós é muito explícito. Assumir uma transformação é inovar ou mudar processos, bem como, repensar o que se tem no mercado imobiliário, agregando todos os envolvidos e atuantes nesse mercado, para poder a partir daí, equalizar a evolução dos negócios a essa tradicional e conservadora prática de aquisição de um imóvel. Questionamentos surgiram. Por que depender apenas de instituições financeiras para aquisição da casa própria? Como desenvolver empreendimentos adequados à cidade e suas transformações? Como demonstrar que a cidade é quem deve mudar o mercado e não o mercado que deve mudar as cidades? São indagações cotidianas e presentes na nossa dinâmica de atuação, e assim, vêm fortalecendo o quão é importante essa tão sonhada transformação.

Enfim, resolvi apresentar um breve momento do nosso surgimento, para que nosso leitor possa acreditar que se identificada uma oportunidade, é possível correr atrás dos seus sonhos, mesmo que tenha que começar do zero. E claro, também gostaria de usar o artigo para agradecer quem já nos acompanha, quem lê e divide comigo as mesmas reflexões, sejam profissionais que fazem parte da nossa história, ou não. Ressalto que estou sempre aberto a temas que gostariam que aparecesse neste espaço, para assim, interagirmos mais com quem agora faz esta leitura.

Autor:  Expedito Júnior
            Arquiteto e Urbanista
            Especialista em Gestão Urbana e Ambiental
            CAU - RN: A39243-0
           

Matéria publicada originalmente no jornal Cinform no dia 14/03/2016, também disponível no site da IMMOBILE Arquitetura

Sobre a

IMMOBILE Arquitetura

Ela foi idealizada em 2008 pelo arquiteto e urbanista Expedito Junior, com o objetivo de criar e implementar projetos de alta performance e profundidade técnica, executados para atingir os melhores índices de rentabilidade de acordo com a individualidade de cada empreendimento e negócio. Constituída por uma equipe de profissionais que possuem diferentes visões de mercado, procuramos manter um relacionamento estreito com os investidores, construtores e principalmente possibilitando a maior eficiência e agilidade nos processos de criação, regularização e entrega.




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